quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Eu disse num post que não acreditava mais em tristeza, ou algo assim (aquela história da menina com morte cerebral)... bom ultimamente eu estive repensando isso.
Tenho que confessar que estou apaixonado por uma garota do meu colégio, nós somos apenas amigos, não grandes amigos nem nada demais, apenas "ois", "tchaus" e umas poucas conversas sem assunto.
Todo dia, quando eu chego em casa depois da aula, eu penso nela e sinto um aperto no coração, desânimo e sensação de solidão (coisa bem típica de quando se ama alguém), mas esses dias eu me olhei no espelho e comecei a me perguntar se todas essas coisas ruins que eu sinto são verdadeiras ou se eu crio isso apenas pra me satisfazer, me sentir mais humano ao mesmo tempo que para me sentir como personagem de um filme. Como se eu não soubesse se eu mesmo estava fingindo algo ou sendo sincero, porque ao mesmo tempo que o sentimento de dor parece tão real ele parece tão falso também. Isso me leva de volta à um assunto sobre o qual eu já vinha refletindo a mais tempo: sobre sentir algo fisicamente.
Encoste em algo, qualquer coisa, em você mesmo, em outra pessoa ou em algum objeto sem vida. Agora diga à si mesmo como é sentir algo, o que é sentir e onde você sentiu, por exemplo: eu encosto minha mão no teclado do meu computador, onde eu senti isso? na minha mão? no meu cérebro?...a conclusão que eu tiro disso é que eu não sinto nada, eu apenas sei que deveria estar sentindo algo.
E agora me parece que os sentimentos também são assim, como um texto.
Metaforizando, eu me sinto como um ator que não sabe se está atuando ou não.

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